Novo presidente. Novo governador. E agora? - Vinicius Marchese
Novo presidente. Novo governador. E agora?

As eleições presidenciais de 2022 mostraram que a união do país talvez seja a missão mais difícil da década. Entre debates e polarização, temos uma missão: cobrar o protagonismo da engenharia nos projetos que poderão transformar a vida das pessoas na gestão dos próximos 4 anos.

Não só como presidente do Crea-SP, mas como cidadão, entendo que o fomento do agro, indústria e tecnologia são essenciais para a geração de emprego e renda e, consequentemente, o desenvolvimento socioeconômico do país. Em São Paulo, o estado responsável por cerca de 31% do PIB nacional, nossa expectativa é que o novo governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, assim como fez no Ministério da Infraestrutura, utilize a engenharia para buscar soluções para os principais problemas das nossas cidades. Afinal, mesmo falando da principal economia do país, a inclusão, sustentabilidade e segurança estão longes da marca ideal.

Expansão do metrô e da reestruturação de corredores de ônibus e a adoção de práticas mais sustentáveis de mobilidade são necessárias para atender os mais de 12 milhões de habitantes só da capital paulista. Da mobilidade urbana até a habitação, o crescimento populacional vem acompanhado da falta de moradia, infraestrutura física e social e acesso aos serviços públicos. A riqueza do nosso Estado vem na contramão da distribuição de renda e igualdade social.

Se para todo problema existe uma solução, os profissionais da área tecnológica podem ser os agentes dessas mudanças. Entre o fomento da ciência, empreendedorismo e da educação, está a necessidade urgente de capacitação profissional dos nossos jovens. Pensando em futuro, o momento agora é de criarmos caminhos para a construção de gestões colaborativas e com participação popular, nos governos do Estado e Federal.

A conivência de pessoas que pensam diferente é o que representa a política. Buscar o contrário é caminhar pela extinção dela. A democracia nos dá a sensação de vitória ou derrota, mas ela não anula a nossa responsabilidade na construção prática do Brasil que tanto almejamos nas redes sociais. A cidadania é uma via de mão dupla, marcada por pessoas que buscam bons projetos que mudem não só a sua realidade, mas de todos aqueles que ainda estão invisíveis para a gestão pública. Eu termino essa reflexão com outra: como você vai contribuir para a sua cidade, Estado e país nos próximos anos?